7 – O Impacto do Endividamento na Vida dos Jovens: Como Evitar?

Descubra como evitar o endividamento juvenil com dados reais e estratégias comprovadas. Aprenda a ensinar controle financeiro eficaz para jovens.

O Impacto do Endividamento na Vida dos Jovens

Como especialista em finanças há mais de uma década, tenho visto cada vez mais jovens mergulhando em dívidas antes mesmo de completarem 25 anos. Os números não mentem: segundo o Serasa, 31% dos brasileiros entre 18 e 25 anos estão com o nome negativado. Mas afinal, por que isso acontece e, mais importante, como podemos evitar?

Primeiramente, precisamos entender que o endividamento precoce cria um efeito dominó na vida adulta. Quando um jovem compromete sua renda com parcelas e juros altos, ele automaticamente reduz suas oportunidades de investir no futuro, comprar um imóvel ou até mesmo fazer uma faculdade. Na prática, é como começar uma corrida com uma mochila cheia de pedras.

Um dos principais vilões? O cartão de crédito mal utilizado. Muitos jovens recebem seu primeiro cartão sem entender conceitos básicos como taxa de juros (que pode chegar a 400% ao ano no rotativo) ou data de vencimento da fatura. Para piorar, 68% dos jovens admitem que não acompanham seus gastos mensais, segundo pesquisa do Banco Central.

Mas não são apenas os cartões que preocupam. Os empréstimos consignados se tornaram outra armadilha perigosa. Com a falsa ideia de “parcelas que cabem no bolso”, muitos jovens comprometem parte significativa de seus salários futuros sem perceber o impacto a longo prazo.

A boa notícia? Existem estratégias comprovadas para evitar esse cenário. A primeira delas é a educação financeira desde cedo. Jovens que aprendem a fazer um orçamento pessoal têm 73% menos chances de se endividar, de acordo com estudo da ANBIMA.

Outro ponto crucial é desenvolver o hábito de poupar antes de gastar. Em vez de pensar “posso parcelar em 10x sem juros”, ensine os jovens a se perguntar: “eu tenho esse dinheiro guardado?” Essa simples mudança de mentalidade pode prevenir inúmeras dívidas.

As fintechs também podem ser aliadas quando bem utilizadas. Aplicativos de controle financeiro ou mesmo planilhas, como as que demonstro nessa matéria: “Planilhas de controle financeiro”, ajudam a visualizar gastos em tempo real, criando consciência sobre para onde o dinheiro está indo – fator essencial para evitar surpresas no fim do mês.

Por fim, mas não menos importante, precisamos falar sobre renda extra. Em um mundo onde 62% dos jovens dizem que seu salário não cobre todas as despesas (dados do IBGE), desenvolver habilidades que gerem renda adicional pode ser a diferença entre ficar no vermelho ou conseguir respirar financeiramente.

Vamos juntos construir um futuro financeiro mais saudável!

Abraços,

Wellington Cruz

FAQ: Perguntas e Respostas

  1. Qual a maior causa de endividamento juvenil?
    Cartão de crédito responde por 58% das dívidas, seguido por empréstimos pessoais (22%), segundo o Serasa.
  2. Como calcular se uma parcela cabe no orçamento?
    A regra é: comprometa no máximo 30% da renda com parcelamentos (incluindo aluguel se for o caso).
  3. Qual o primeiro passo para sair das dívidas?
    Liste TODAS as dívidas com valores, taxas e prazos – 90% dos jovens não têm essa visão completa.
  4. Vale a pena pegar empréstimo para pagar dívidas?
    Só se a taxa for menor que a dívida atual e com prazo definido para quitação.
  5. Como negociar dívidas de cartão?
    Bancos costumam aceitar reduções de até 90% nos juros – nunca pague sem negociar primeiro.
  6. Quanto devo guardar por mês?
    Ideal é 20% da renda, mas comece com 5% e aumente gradativamente.
  7. Cartão de crédito é sempre ruim?
    Não, quando usado com limite máximo de 30% do disponível e pagamento total da fatura.
  8. Como explicar juros para jovens?
    Mostre que R$1.000 no rotativo por 1 ano vira R$4.000 (com juros médios de 300% a.a.).
  9. Qual erro financeiro mais comum?
    Achar que “pequenas parcelas” não fazem diferença – elas somam rápido!